Expresso

A pedidos, retorno às letras. E com uma homenagem explícita. O meu amigo-irmão Tom Moore, flautista, bibliotecário, professor de música, entre outros defeitos, me pediu uma peça solo para flauta-doce. Confesso que a cada peça que ele me pede, me sinto emocionado. É como se fosse uma homenagem à minha música.
Mas ele forçou um pouco a barra: eu tinha que escrever a peça pra anteontem, já que ele iria (irá!) estreá-la no próximo dia 31.
Chamei de "Expresso", como convinha ao pedido. E brinquei (por sugestão da Ruth Serrão) com as notas, utilizando o tema "Café" (Do, La, Fa, Mi). Acho que deu certo. Mas, francamente, o prazer maior é saber que o Tonzinho tá curtindo tocar.
Mais uma forma da gente imortalizar a nossa amizade!

Um abraço, meu irmão, e feliz aniversário!!!

Tasto e o violão

Comecei hoje a colocar no papel uma nova peça. Uma encomenda, de um violonista que ainda não tive o prazer de conhecer. Há projetos em que nos envolvemos por dinheiro, outros por amor. Esse, não sei ainda qual o motivo. Só sei que a troca de e-mails foi agradável e senti uma vontade imensa de trabalhar com esse simpático desconhecido.
Resolvi (isso é segredo....) estruturar toda a obra sobre um pequeno tema de 7 notas (4 diferentes), que é ampliado aos poucos. Esse tema está no CD do Tasto, meu Duo com o Marcio (Conrad). Eu fiz de improviso, no último improviso'do CD, lá pelos 5 minutos de música. E sempre achei muito bom pela simplicidade, mas, infelizmente, não foi trabalhado o suficiente, justamente por estar no meio de um improviso. Eis agora a minha chance. De unir o novo projeto com o novo. Talvez, numa tentativa inconsciente de colocar terra nova na planta murcha, numa esperança vívida de vê-la florescer novamente.

A música de Penderecki

Desisti de escrever sobre isso. Ouçam! É o que resta, diante da sua orquestração brilhante, de seu contraponto seguro, de suas idéias comoventes.
Ouçam!
E a beleza da vida é ver o Theatro Municipal de pé, aos seus pés, urrando incansavelmente.

Encontro com Penderecki

Pergunto-me se um dia terei essa aura. A mesma que sentia diante do Guerra-Peixe. Lá estava eu, sentado no meu cantinho, diante de um dos mestres da música. De um dos maiores criadores do século passado. Sinceramente, do meu cantinho, olhei como quem olha a um colega. Mas, a aura que ele emanava, a plenitude de criador, essa não tenho ainda. Espero ter em breve. Espero ter um dia. Fui apresentado rapidamente, e tirei uma foto. De tiete.

Grutas...

Estive ausente das letras nos últimos dias. É que estava trabalhando intensamente numa nova peça, para orquestra de cordas. Soube de um concurso de composição meio em cima da hora... e resolvi encarar. Não gosto muito de concursos, embora tenha sido premiado no início da carreira. Mas essa está pagando um bom dinheiro, e achei que valia a pena. De mais a mais, é sempre bom desenvolver um pouco mais a minha escrita para cordas...